B – Poliureas – Propiedades

Poliurea Impermeabilização com poliurea

A poliurea, nos segmentos de impermeabilização e revestimento protetivo, é uma das maiores inovações tecnológicas

DEFINIÇÃO: A Poliurea  consiste na reação química de isocianato à base de MDI (aromático) ou HDI (alifático) com amina super reativa.Hoje, a maioria das aplicações é feita com poliurea híbrida, formulação composta por MDI, amina e poliol.

COMPONENTES:
• Isocianatos- Família de polímeros derivados ésteres do ácido ciánico, com estrutura R-NCO (Conant & Blatt, 1967). Os radicais alquídicos R podem ser relativamente complexos, compostos de cadeias alifáticas ou aromáticas. Aproximadamente 95% dos isocianatos consumidos pelo mercado dos poliuretano são os aromáticos TDI (tolueno diisocianato) e MDI (difenilmetano diisocianato). Os MDI são os de maior consumo no mundo (Vilar, 1998) e os mais utilizados na composição das poliuréias. Outros isocianatos menos utilizados são os alifáticos HDI (hexametileno diisocianato), o HMDI (MDI-hidrogenado) e o IPDI (diisocianato de isoforona).
• Aminas –As aminas são compostos orgânicos nitrogenados, derivados alquílicos do amoníaco (NH3) por substituição de um, dois ou três hidrogênios por grupos carbonados. Podem ser divididas nas classes: primárias (R’-NH2), secundárias (R’2-NH) e terciárias (R’3-N). Os radicais R’ podem ser compostos de cadeias alifáticas ou aromáticas, como por exemplo de polióis poliéteres, chamados de polióis poliéteres com terminação amina. As três classes de aminas têm caráter básico como o amoníaco menos acentuado nas aminas aromáticas, e são solúveis em água. Aminas terciárias são utilizadas como catalisadoras nos sistemas de poliuretano, tanto na catálise da reação do isocianato com o poliol formando o poliuretano, quanto na catálise da reação com a água, formando poliuréia e gás carbônico (Vilar, 1998). Os sistemas de poliuréia prescindem de catalisadores, porém, aminas terciárias podem ser incluídas na formulação para aumentar a tolerância a substratos muito úmidos.
• Polióis poliéteres com terminação amina –Os polióis poliéteres podem ser modificados pela substituição de grupos hidroxílicos (-OH) por terminais amínicos (-NH2). Uma vez modificados, os polióis poliéteres com terminação amina reagem extremamente rápido com os isocianatos formando poliuréias e poliuréias híbridas.* Essas informações fazem parte do trabalho “A tecnologia da poliuréia ao serviço da proteção e impermeabilização de superfícies”, apresentado no 17o Simpósio Brasileiro da Impermeabilização, em 2003,em São Paulo, SP.
VANTAGENS: Cura rápida ( acontecendo, no máximo, em 1 minuto, sem a  necessidade de catalisadores).

Insensibilidade à umidade;

Resistências mecânicas e químicas Aplicação sob qualquer condição climática, (frio- Alasca ou quente na Arábia.

Utilizada em reparos emergenciais.
Pode ser aplicada em substratos úmidos (reação rápida).
Liberação da área em tempo reduzido (três horas) após sua aplicação .

UTILIZAÇÃO: Impermeabilizar locais com ou sem concreto como bacias de contenção, reservatórios de água, lajes, piscinas, tanques de água potável, canais de irrigação, galerias fluviais, etc., sendo ideal em locais que  necessitam de liberação rápida da área já que possui velocidade de cura.

DURABILIDADE :  Impermeabilizações com poliurea possuem expectativa de durabilidade de 25 a 30 anos, sem a necessidade de manutenções periódicas.

CARACTERÍSTICAS: Resistência à umidade;

Alto módulo de alongamento e compressão (altamente resiliente),

PROPRIEDADES: -Cura rápida.

-Resistência Química e Elasticidade.
“A impermeabilização com poliurea evita que a substância química penetre no concreto e no solo, contaminando-os”, O material resiste bem a óleos minerais, água, gasolina, álcalis, entre outros. Mesmo em situações em que se trabalhe com produtos químicos altamente corrosivos, a poliurea pode ser aplicada, contanto que a substância química seja retirada da bacia de contenção com regularidade.

– Alto módulo de elasticidade (alongamento e compressão), permitindo que o revestimento acompanhe a movimentação do material.  A capacidade de alongamento pode superar 500%, enquanto a de resistência ao impacto pode ser superior a 150%. Os sistemas de poliuréia são 100% sólidos.  Dessa forma, elimina-se a necessidade de aplicação de multicamadas e o cálculo de rendimento do material é mais fácil. Além disso, os sistemas são isentos de solventes, sendo, portanto, ecologicamente corretos .

-Estabilidade térmica até 121 oC.
-Resistência ao intemperismo.
-Pigmentação e aditivos

Os isocianatos aromáticos, são sensíveis à luz solar e sofrem, quando expostos, a degradação de suas propriedades mecânicas. Portanto, a estabilização do material com aditivos bloqueadores dos raios ultravioleta é fundamental. Pigmentos também podem ser acrescentados na fórmula, permitindo impermeabilizações com acabamento em diversas cores.

OUTRAS APLICAÇÕES : Piscinas , dispensando o uso de argamassa e azulejo.

Um lago artificial de pedras e revestimento de poliuréia., sem a necessidade de realizar escavações ou buracos na terra.

Arquibancadas de concreto de estádios de futebol, telhados, barragens, usinas nucleares, estradas de concreto, viadutos, portos, diques, lagoas artificiais, túneis, caçambas de picapes, proteção contra a ação da água salgada em maquinaria marítima e decks de navios, pisos de câmaras frias e contenção em barragens são outros exemplos de aplicação de poliuréia”.

EQUIPAMENTOS  UTILIZADOS: equipamentos especiais do tipo hot spray (termo-projeção), com pré-aquecimento dos componentes entre 70oC e 80oC. “Essa temperatura é mantida ao longo das mangueiras de condução até a pistola pulverizadora”.
O isocianato e a amina são transferidos de tambores com a ajuda de bombas especiais. A poliuréia é misturada praticamente no bico da pistola. As máquinas de aplicação são hidráulicas, hidropneumáticas ou elétricas.

CURIOSIDADES : Nos Estados Unidos, a sustentação de concreto dos túneis do metrô de Boston foi revestida com poliuréia externamente. O material foi aplicado também em barragens de pedras de contenção do avanço do mar nos Países Baixos e em estruturas de concreto no Japão e na Alemanha. “Esses locais mais Canadá, Espanha, Austrália e China já utilizam a poliuréia. Nos EUA, casas próximas à orla marítima são revestidas com essa tecnologia”,

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